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Dia Nacional da Visibilidade Lésbica: 7 músicas para celebrar a data e o amor

O mês de agosto possui grande importância na luta de mulheres lésbicas por direitos e respeito. O dia 29 de agosto é marcado pelo Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, uma data repleta de debates acerca de políticas públicas de combate a lesbofobia, dando visibilidade à comunidade lésbica brasileira.

A data foi escolhida a partir do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), realizado em 29 de agosto de 1996. Desde então, o movimento já conquistou grandes avanços, mas o caminho ainda é longo

Outra data importante no mês de agosto, é o Dia do Orgulho Lésbico, celebrado no dia 19. A data honra a primeira grande manifestação de mulheres lésbicas, que aconteceu na cidade de São Paulo, em 1983. Na data, as ativistas do Grupo Ação Lésbica Feminina ocuparam o Ferro’s Bar para protestar contra os abusos e opressão que sofriam no local durante a ditadura.

Hoje, além do trabalho político realizado por ativistas lésbicas no Brasil e no mundo, uma ferramenta muito forte de demostrar o orgulho é a música. As letras permitem diferentes interpretações e identificações. Em uma indústria com um número reduzido de cantoras lésbicas assumidas, cantar abertamente sobre relacionamentos lésbicos se torna um ato de resistência e uma grande fonte de representatividade para muitas meninas e mulheres.

Por isso, em comemoração à data, reunimos nesta lista algumas canções para comemorar o dia e o amor! Confira:

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Ana Gabriela. Foto: Reprodução/YouTube

7 músicas para comemorar o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

1. Teu Nome Imita O Mar – Ana Gabriela

Ana Gabriela começou a fazer sucesso com covers no YouTube, e lançou ano passado o seu primeiro álbum, autointitulado. Mulher lésbica assumida, o amor entre mulheres é uma temática constante em suas músicas autorais. “Eu sei que sou uma mulher lésbica desde os meus cinco anos de idade, quando me apaixonei por uma menininha. Como sou de 1996 foi muito difícil para eu me entender e falar sobre isso. Eu demorei mais 11 anos para falar com a minha mãe”, contou em entrevista ao programa Ritmo Brasil, da RedeTV!.

“Teu Nome Imita O Mar”, faixa presente no álbum “Ana”, é uma declaração de amor das mais delicadas possível. “Eu não sei o que tu tem / Esse negócio de mulher que quando quer outra mulher carrega fogo em mão / Ah, bonita, eu acho que não é de hoje que a gente se encontra e se gruda, não”.

2. Linda Rosa – Maria Gadú

Um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, Maria Gadú nunca escondeu o seu orgulho em ser lésbica. A canção “Linda Rosa” permite diversas interpretações para quem escuta, mas é fácil perceber o momento de autodescoberta retratado na música.

“Pior que o melhor de dois / Melhor do que sofrer depois / Se é isso que me tem ao certo / A moça de sorriso aberto”. Ela mostra que a escolha amorosa certa para ela é a “moça de sorriso aberto”, deixando claro a naturalidade de sua sexualidade.

3. Aquela Moça – Bia Ferreira

Bia Ferreira é uma das artistas de maior destaque quando se fala em ativismo lésbico no Brasil atualmente. O seu álbum “Igreja Lesbiteriana. Um Chamado”, de 2019, retrata essa luta com maestria. “Num mundo e num país onde as mulheres lésbicas sofrem ‘estupro corretivo’, a gente precisa se pautar sim como mulher lésbica. Então esse disco traz várias questões, e também o amor”, falou em entrevista ao programa Manhã Brasil Atual.

“Aquela Moça” é uma canção de antes do álbum, e retrata de forma leve o amor entre duas mulheres. “Aquela moça que mexe comigo de uma forma que eu nem acredito. Quando eu a vejo ela emana uma luz”.

4. Fugitivos – DAY

Finalista do The Voice 2017, DAY também sempre falou abertamente sobre sua sexualidade e todo seu processo de autodescoberta como lésbica. “Quando vi o peso que isso tem para as pessoas e o quanto isso muda a vida das pessoas eu pensei ‘caramba, isso é realmente bem representativo e grande’, então eu aceitei isso como parte da minha missão de vida também, poder fazer com que essas pessoas que se parecem comigo se sintam aceitas.”, contou em recente entrevista ao Track.

“Fugitivos”, faixa do novo álbum “Bem-Vindo Ao Clube”, retrata um amor proibido que em um primeiro momento causa medo, mas depois se torna inevitável. “E isso é tudo que eu mais quero / Te ter bem mais perto / Mas eu acho que alguém tá vindo / Pode falar / Eles vão falar / Mas não vão me culpar só por amar, só por amar”.

5. Slow Motion – Ellen Olária

Ellen Olária foi a vencedora do The Voice Brasil em 2012, mas já encanta o cenário musical brasileiro há mais de 20 anos. A cantora mistura ritmos como pop e samba, que somados ao seu timbre poderoso, resultam em um trabalho impecável.

A temática lésbica é recorrente nas canções de Ellen, como em “Slow Motion”, que retrata esse amor de forma poética e explorando a sensualidade. “A minha timidez me deixa em embaraço / Ainda nem conhecia o gosto dos seus lábios, mina / Riscava o pensamento em minhas poucas linhas / Marcava nosso enlace no sentido dessa trilha.

6. Metade – VENVS

A banda VENVS nasceu do relacionamento entre as cantoras Elektra e Evie Dee, durante a pandemia. Mesmo antes da banda se formar, elas já cantavam sobre o amor lésbico.

A música “Metade”, lançada em 2020, chegou como um aconchego para os admiradores das artistas em um período conturbado para o mundo. A canção fala de um amor intenso e veio acompanhada de um clipe igualmente emocionante. “A gente enlouquece e mora junta sem se conhecer / Qualquer música que toca me lembra você / To com vontade do sorriso seu, seus olhos meu arrepio”.

7. Tá Na Cara – Doralyce

Doralyce é uma das principais expoentes do afrofuturismo na música brasileira atual. Ela se expressa através da música para exaltar sua ancestralidade e falar da sua história como mulher negra que ama outras mulheres.

A faixa “Tá Na Cara” retrata a sua sexualidade de forma profunda e natural. “Do nada me apareceu / Agora ta na linha / Prometeu só ser minha / Vou te mostrar que uma mulher / Pode ser quantas quiser / Só essa noite eu fui umas três”.


Qual música melhor te representa nessa data de tanta importância para as lésbicas? Compartilha com a gente no Twitter!

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