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Entrevista: Mc Zaquin fala sobre parceria com Belo, inspirações e mais

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Mc Zaquin, dono do hit “Não Nasceu Pra Namorar” e grande promessa do funk atual, lançou na última sexta-feira (15), sua mais nova parceria com ninguém menos que o cantor Belo. “O que tiver que ser, será” é uma composição do próprio Mc, em parceria com Umberto Tavares e Jeferson Jr.

A canção vai além do que o jovem mineiro de 19 anos já lançou até agora e explora um novo ritmo. Diferente de seus hits virais “Ô Moça”, “Eu Catuquei” e “Não Nasceu Pra Namorar”, “O que tiver que ser, será” é uma balada romântica que não deixa de lado o beat contagiante e dançante já característicos do artista. O novo single chegou acompanhado de um clipe gravado no Rio de Janeiro com direção de Tiago Nascimento.

Em agosto, Zaquin foi o artista mais ouvido do funk no Brasil e, atualmente, ele já acumula mais de 5,3 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Agora, o cantor quer explorar outros ritmos e expandir o público para que seu talento alcance um número cada vez maior de pessoas.

Em conversa com o Tracklist na última semana, o cantor contou um pouco mais sobre a nova parceira. Confira!

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Foto: Divulgação

Entrevista com Mc Zaquin na íntegra

TRACK: “O que tiver que ser, será” foi composta por você em parceria com Umberto Tavares e Jeferson Jr, certo? Como vocês decidiram que o Belo seria a pessoa certa para o feat?

Assim que terminamos a composição e a produção, eles me falaram que seria legal escolher um artista do pagode, então eu pedi algumas sugestões deles também e fomos pensando juntos. No funk, acho que a única artista que já cantou com pagodeiro foi a Ludmilla, inclusive com o Belo mesmo. Pensamos nisso e eu decidi que seria ele. O cara é diferenciado, foda demais, mais de 30 anos de carreira já, sou fã pra caramba. Fiz o convite, e ele aceitou!

TRACK: Como foi trabalhar com esse grande nome da música brasileira?

É um sentimento muito gratificante, viu? Cê é louco, fico até emocionado. Quando começamos a gravar o clipe eu fiquei sem acreditar. Querendo ou não, ele faz parte da cultura do pagode e da música brasileira. Minha mãe, minha avó, todo mundo conhece e curte o trabalho dele. Quando postei o primeiro vídeo gravando o clipe com ele todo mundo já começou a responder, desde o pessoal das antigas até a galera mais jovem, todo mundo conhece ele e esse é um passo muito importante pra minha carreira.

TRACK: Vocês tem estilos musicais e vozes bem diferentes, mas casou muito bem na música! Como foi pra você explorar esse ritmo diferente?

Nossa, foi muito diferenciado conhecer outro estilo assim. Como falei pra você, eu nunca tinha gravado pagode, então quando eu gravei e eles me mostraram tudo pronto, a produção, com a minha voz e a voz dele eu pensei ‘Caralho, até que deu certo’ (risos). Fiquei felizão! Vi que deu certo e agora pretendo explorar ainda mais ritmos musicais, não só pagode, mas também sertanejo, samba, vários outros tipos. É uma experiência muito boa.

TRACK: Vi que o clipe da música foi gravado no Rio de Janeiro! Como foi essa produção?

Foi uma experiência muito boa! Já gravei outros dois clipes no Rio de Janeiro, mas quando fui gravar esse clipe com o Belo, foi muito diferente. A gente alugou uma casa lá no topo, acho que na Barra. Muito bonito o local, uma casa no alto da montanha. A vista é linda, o pôr do Sol e o cenário ficaram muito lindos. Foi um dos melhores clipes que já fiz até hoje, eu acho. Mesmo sendo poucas cenas e em um só lugar, foi bastante diferenciado.

TRACK: Várias das suas músicas estão estourando no TikTok! “O que tiver que ser, será” é uma música romântica mas tem um beat ótimo pra dançar! Vôces já planejam uma dancinha?

Eu acho que isso vai muito das pessoas aceitarem a música. Às vezes a gente solta uma música contando que ela vai estourar no TikTok e não acontece. Aí, você lança uma música sem pensar em nada disso, e o povo vai, pega e cria uma dancinha da hora que se encaixa na música e estoura. É uma coisa muito de benção, mas acho que existe sim a possibilidade de criar uma dancinha pra essa música, ela tem um ritmo bem contagiante.

TRACK: Zaquin, você já fez parcerias com diversos artistas como a Rebecca, Mirella e agora o Belo! Tem outros artistas você gostaria muito de fazer uma collab?

Opa, tem sim! Tenho muita vontade de fazer um trampo com o Ferrugem, Gustavo Mioto e o Dilsinho. São três artistas que eu curto pra caramba. Eu escuto mais pagode e sertanejo do que funk (risos). Eu também escuto muito pra me inspirar pra escrever minhas letras, porque essas músicas têm uma pegada mais romântica, aí eu pego um esquema de lá também como inspiração.

TRACK: Então, produzindo as suas músicas, você tem referências e se inspira em artistas de outros estilos musicais além do funk?

Sim! Eu sempre procuro trazer a ideia desses artistas que eu curto e colocar alguns dos temas que eles usam nos trabalhos deles no meu estilo musical, o funk. Gosto de adicionar um clima mais romântico, safado. Um bagulho meio assim. Por isso acho que minhas músicas acabam dando uma diferenciada.

TRACK: E no funk, quais são os artistas que você admira muito e se inspira?

To curtindo muito o trampo do Mc Hariel ultimamente. Faz letra demais, melodia também. Ele canta com o coração!

TRACK: Em agosto, você foi o artista mais ouvido do funk! Como se sente vendo o seu trabalho alcançando tantas pessoas?

É gratificante demais, porque acho que quem está de fora não vê o tanto que a gente rala, vê só aquilo que a gente quer passar no Instagram ou status. Mas é muito gratificante ver que o trabalho que a gente deu duro pra conseguir conquistar está dando certo e a quantidade de fãs cada vez crescendo mais. Onde eu passo vou sendo reconhecido, o pessoal pede pra tirar foto, algumas fãs até choram, mandam carta, presentes. É um negócio muito surreal, muito da hora. No começo eu nem imaginava como ia ser, porque nunca tinha vivido nada disso. Acho que é tudo experiência. Na minha vida a fama não foi um baque, porque ela aconteceu pouco a pouco, foi tipo uma escadinha. Por isso que eu acho que não tive uma reação tão espantosa. Mas ver que existem fãs no Brasil todo é muito massa.

TRACK: Você já percorreu um caminho incrível, mas com certeza ainda tem muita coisa boa pela frente. Como você se imagina daqui cinco anos? Quais são seus planos?

Eu tenho muita vontade de fazer um feat internacional, com algum cantor de fora. Sou muito fã do Bruno Mars, curto demais e escuto bastante pra me inspirar em melodias. Acho que essa é minha maior meta agora, começar a conquistar um público pra fora do Brasil. Aqui eu sei que já tenho uma quantidade da hora de reconhecimento, mas ainda assim também não está 100%. No funk, eu sei que a maioria já me conhece, por isso agora eu quero migrar pra outros estilos, com várias parcerias e buscar outros públicos.

TRACK: Chegamos ao final, Zaquin! Quer deixar um recado pros leitores do Tracklist?

Muito obrigada a todo mundo que acompanhou, tamo junto sempre! O lançamento já tá no ar, Zaquin e Belo, confiram lá!

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