Por Fernando Marques, Gabriel Haguiô e Luciana Lino — Depois de sua participação marcante no BBB 20, Babu Santana tem aproveitado o sucesso e investido em levar sua arte para novos caminhos. O ator tem se arriscado na carreira musical, e seu novo single, “Cabelin de Trança”, dá início à uma nova fase em sua trajetória.
A canção de CP no Beat tem, além de Babu, participações de Gu, Ramaciote e Nbeatz e marca a primeira colaboração entre a Paizão Records, selo musical criado pelo artista, e Só as Braba Records, de CP. A faixa celebra o empoderamento sob um trap funk envolvente, em versos que exaltam a beleza negra e a cultura da periferia.
Em entrevista ao Tracklist, Babu Santana contou mais detalhes sobre o lançamento e sobre os próximos passos que pretende seguir em seus futuros trabalhos, tanto como ator quanto como cantor. “Eu sou apaixonado tanto pelo audiovisual quanto pela música, então estou me divertindo duplamente com essa experiência, além de saber que estou ajudando novos artistas a seguirem seus sonhos na carreira musical”, disse. “Sou muito grato pela oportunidade de trabalhar com essas duas grandes paixões da minha vida.”
Leia a entrevista com Babu Santana na íntegra:
TRACKLIST: Cabelin de Trança é muito boa, parabéns pelo lançamento! Como foi o processo de criação dessa música?
BABU: “Cabelin de Trança” é uma celebração à periferia. A letra e a melodia da música contemplam o empoderamento, a libertação e a beleza da comunidade, então a inspiração veio daí. O CP no Beat e Nbeatz, os responsáveis pela produção musical, e o Gu e o Lucas Ramaciote, que fazem parte do vocal da música, foram os maiores idealizadores desse projeto. Foram eles que tiveram a ideia de me colocar para cantar junto. Como estou começando me aventurar cantado trap, me auxiliaram durante todo esse processo. E eu não poderia estar mais feliz com o resultado! A música ficou incrível!
TRACKLIST: Inclusive, essa música conta com algumas referências a outros artistas, quais são suas principais inspirações hoje no meio musical?
BABU: Ah, são tantas! Vejo muita gente talentosa hoje em dia na música, como o Emicida, Djonga, Filipe Ret… Fora a galera mais das antigas, como o Racionais e o nosso eterno Tim Maia. Há cada vez mais artistas negros em ascensão na arte, e isso é sempre uma grande inspiração. Eles representam os nossos sonhos e nos ensinam que é possível vencer todos os obstáculos que a sociedade nos impõe.
TRACKLIST: Como foi trabalhar com CP no Beat e o Gu nesse lançamento?
BABU: Foi sensacional! Eles são dois artistas muito talentosos e que entendem bem a sua arte. Fizemos uma imersão nos estúdios da Paizão Records e assim a “colab” nasceu. É sempre um prazer trabalhar ao lado de pessoas que verdadeiramente amam aquilo que fazem. Eles, assim como toda a equipe que participou da produção da música, deram o seu melhor, e foi graças a isso que o resultado final de “Cabelin de Trança” foi tão fantástico.
TRACKLIST: Quais são os próximos passos que podemos esperar em sua carreira musical?
BABU: Continuarei trabalhando em novas produções da Paizão Records e apoiando essa galera nova que sonha em se lançar no mercado musical. Além de ficar nessa parte dos bastidores, eu também amo cantar e amanhã sai o próximo lançamento: TÔ RICO. Nesse projeto que estreia, me uno aos meus “filhos” para ostentar felicidade e alegria. Estamos RICOS de amor, carinho e amizades. Sempre que surgirem novas oportunidades, com certeza voltarei a participar do vocal. Podem esperar mais do paizão aqui soltando a voz!
TRACKLIST: Se pudesse interpretar outra lenda musical nas telonas, quem escolheria?
BABU: Ah, não sei… Talvez o Arlindo Cruz ou o Mr. Catra!
TRACKLIST: Como tem sido pra você, nos últimos meses, conciliar as carreiras no audiovisual e na música?
BABU: Isso é algo que demanda muita energia e disposição, então você precisa realmente acreditar no que está fazendo para conseguir se dedicar ao máximo em ambas as áreas. Eu sou apaixonado tanto pelo audiovisual quanto pela música, então estou me divertindo duplamente com essa experiência, além de saber que estou ajudando novos artistas a seguirem seus sonhos na carreira musical. Sou muito grato pela oportunidade de trabalhar com essas duas grandes paixões da minha vida.
TRACKLIST: Uma preocupação muito pertinente na sua trajetória artística é a de levantar a autoestima dos negros, e acredito que essa música também é um reflexo disso, certo? Quão importante pra você é levantar essa questão em sua carreira?
BABU: Com certeza! Como eu havia dito, essa música celebra a periferia, assim como toda a cultura e beleza negra que habita por lá. Trouxemos muito desse empoderamento para a letra, e isso sempre foi algo muito importante na minha vida e das pessoas ao meu redor. Quem é negro cresce com a sociedade impondo obstáculos e nos fazendo acreditar que nossos sonhos são quase impossíveis. A representatividade negra nos mostra que não, que tudo é possível para nós e que podemos continuar batalhando e sonhando.
TRACKLIST: Em relação ao BBB, sabemos como o reality foi um impulso na sua carreira artística, e como ele pode ser determinante para a de tantas outras pessoas também. Nesses últimos dois anos como espectador, como tem sido pra você ver o nome de vários outros passarem por essa mesma guinada – como o de seu amigo Douglas Silva, por exemplo?
BABU: O BBB abriu diversas portas na minha carreira e proporcionou que muitas pessoas conhecessem o meu trabalho, então, quando vejo essa galera tão talentosa passando por lá e conquistando a visibilidade e o reconhecimento que eles merecem, eu não poderia ficar mais feliz. Eu conheço o DG desde garoto, quando ele já era um ator sensacional. Ele é um menino muito talentoso e que com certeza merece ver todas as oportunidades do mundo se abrindo na sua carreira.