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Entrevista: Vocalista do The Rasmus conversa sobre nova fase da banda

Por Gustavo Argolo

No início do próximo do mês, dia 6 de outubro, “Dark Matters”, o nono álbum de estúdio da banda The Rasmus, será lançado oficialmente no mundo todo.

Formada em 1994, na Finlândia, o grupo é composto por Lauri Ylönen (vocais), Pauli Rantasalmi (guitarra), Eero Heinonen (baixo) e Aki Hakala (bateria). Os finlandeses, que não lançavam material inédito desde 2012, com o álbum autointitulado “The Rasmus”, retornam ao cenário musical trazendo faixas que remetem o início da carreira, mas com uma sonoridade mais moderna.

Nos últimos dias, a banda esteve em nosso país para divulgar o novo trabalho. Em entrevista ao Tracklist, Lauri revelou detalhes sobre o novo projeto, falou sobre os fãs brasileiros e prometeu voltar no ano que vem com a “Dark Matters World Tour”.

Já faz 11 anos desde que vocês visitaram o Brasil. Por que demoraram tanto?
Sim, faz muito tempo, parece uma eternidade, mas ainda me lembro do tempo que estivemos aqui! Fizemos três shows, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Passamos um bom momento e sentimos pena de não ter voltado mais cedo, mas, bem, aqui estamos! E estamos planejando uma turnê para maio do ano que vem.

Em maio? Ótimo! Bom, desde que vocês visitaram o país, vocês lançaram dois álbuns e estão prestes a lançar mais um no mês que vem. O que “Dark Matters” tem de diferente dos trabalhos anteriores?
Hmm.. mudou um pouco, eu penso especialmente na sonoridade… nas letras… experimentamos coisas novas, mas ainda parece muito com o “The Rasmus”, com o DNA do “The Rasmus”, com as melodias típicas das nossas histórias na Finlândia. Mas acho que a sonoridade é um pouco nova, combinamos elementos, sons eletrônicos em algumas músicas e tentamos coisas diferentes no estúdio.

E quais foram as inspirações para o novo álbum? Seja em relação a outras bandas, ou em relação à vida em geral?
Ah, é claro, na vida, muitas coisas aconteceram comigo nos últimos cinco anos. Me mudei e vivi na Califórnia (Los Angeles) por três anos, e é uma grande diferença viver em um novo país. É um pouco triste estar sozinho, mas também é legal, você sabe, começar uma nova vida, fazer novos amigos. Eu escrevi muitas músicas sobre esses sentimentos. Eu também me divorciei da minha esposa no ano passado, depois de doze anos e é pesado, sabe, eu tive uma vida e agora tenho novas oportunidades. É algo bom e ruim ao mesmo tempo.

E vocês já tem mais de 20 anos de carreira, como é manter o foco, inspiração depois de tanto tempo?
Eu acho que é apenas manter seus olhos e ouvidos abertos. Veja e escute, deixe-se aberto para novas ideias, influências. E as ideias para novas músicas podem sair de qualquer lugar, eu posso estar no avião, andando pelas ruas… Aqui! Fazendo entrevistas, algo como “Espere um segundo, eu tenho uma nova melodia e começo a gravar”, mas você tem que viver a vida todos os dias e a todo momento como um membro de uma banda.

Eu vi que vocês conheceram alguns fãs dias atrás… Como são os fãs brasileiros? Eles são diferentes de países como a Finlândia, Estados Unidos? São mais animados?
Nós fizemos um meet&greet com os fãs dias atrás em um bar, tinham talvez 800 pessoas neste bar. Colocamos o álbum para eles ouvirem e foi algo cheio de energia! Pareceu que estávamos em um show, sabe, depois eu estava jantando e fiquei pensando nisso, foi a mesma adrenalina. E foi ótimo ver depois de onze anos os nossos fãs, alguns com tatuagens da banda e outros com o meu autógrafo tatuado… superfãs!

Quando vocês começaram na década de 90, não existia Youtube, nem streaming. Como o avanço da tecnologia ajuda a divulgar o trabalho de vocês?
Ajuda muito! É ótimo ter tudo disponível, conversar um com o outro facilmente, entrar em contato com os seus fãs e é incrível como o mundo está se tornando menor por causa da internet, tudo está mais facilmente disponível. E a melhor coisa disso talvez seja que quando você está começando uma nova banda e se você tiver uma música muito boa, você pode facilmente gravá-la em seu laptop e fazer um som muito bom, você não precisa ter um estúdio grande, dinheiro, publicidade, basta colocar no Youtube e esta música pode ser a maior música do mundo! E ainda gratuitamente.

Mais cedo você comentou que ano que vem estará em turnê pelo nosso país… você já tem uma data? Ou já sabe em quais estados vocês vão tocar?
Isso eu ainda não sei, nós apenas separamos o mês de maio do próximo ano para fazer uma turnê na América Latina… México… nesta área.

Para terminar, das músicas já lançadas, a minha favorita é “Nothing”. Qual é a sua?
Wow, isso é muito bom de se ouvir! Porque ela é muito diferente. Com uma sonoridade eletrônica… Já a minha favorita… eu gosto de “Wonderman”, o vídeo acabou de ser lançado e quando colocamos para tocar para os fãs dias atrás, tive a sensação de que esta música será ótima ao vivo. É uma grande música, com uma grande melodia.

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