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Entrevista: Ego Kill Talent fala sobre novo EP, carreira e mais

“Call Us by Her Name” já está disponível em todas as plataformas digitais

Foto: Murilo Amancio

Recentemente, a banda brasileira Ego Kill Talent lançou o novo EP “Call Us by Her Name”. O grupo já lançou dois álbuns, “Ego Kill Talent (2017)” e “The Dance Between Extremes” (2020), e agora está celebrando um momento totalmente novo e empolgante em sua carreira. As novas músicas são as primeiras lançadas com Emmily Barreto, nova vocalista da banda, que também faz parte do Far From Alaska.

Em entrevista ao Tracklist, o Ego Kill Talent conta mais sobre a criação, inspiração e mais das novas músicas, que foram produzidas e mixadas pelo parceiro de longa data, o produtor norte-americano Steve Evetts. Falam também sobre a nova fase do EKT, como foi a turnê com o Evanescence e mais!

Entrevista: Ego Kill Talent

Tracklist: O que vocês podem contar sobre a produção, inspirações e mais do novo EP, “Call Us by Her Name”

Theo van der Loo: Bom, é muito doida essa questão das inspirações, porque eu acho que, quando estamos compondo, a gente não pensa muito, [tipo] “vamos fazer uma coisa parecida com isso ou aquilo”. 

Emmily Barreto: É mais por osmose do que a gente está ouvindo.

Theo: É, o que você está ouvindo ou já ouviu. E também o que você está sentindo naquele momento. Então, a gente compôs essas músicas em Los Angeles, nos Estados Unidos, tivemos umas duas semanas off ali entre dois festivais e aproveitamos para compor, e foi um momento em que estávamos muito felizes.

Emmily: E se conhecendo como banda, porque até então a gente tem uma relação de anos de amizade, mas era aquilo, você na sua banda e eu na minha [Far From Alaska]. Então, estávamos pela primeira vez vivendo uma coisa nossa.

Theo: Dormindo na mesma casa, tomando café juntos, almoçando juntos…

Emmily: A gente ia assim. Eles mostrando músicas, eu mostrando músicas. Estava rolando uma salada de frutas, de músicas.

Theo: Acho que a inspiração vem de tudo quanto é lado. Foi muito do que a gente ouvia na van quando estávamos indo de qualquer lugar para qualquer lugar. Ouvimos muito Paramore.

Emmily: Eu estava pirando muito nos novos singles do Paramore, que tinham acabado de ser lançados [do álbum “This Is Why”].

Theo: A gente estava ouvindo muito também Turnstile. Para variar, ouvimos bastante Metallica também. Eu e o Raphael, se estivermos no mesmo carro acho que, em no máximo 40 minutos, começa a tocar Metallica. Não sei o que acontece! (risos). Mas ouvimos também muita coisa pop: Miley Cyrus, Billie Eilish, Jessie J… 

Raphael Miranda: E o lance da produção foi interessante porque gravamos o instrumental aqui em São Paulo, e foi a primeira vez que a gente gravou as vozes à distância.

Emmily: O Steve Evetts estava lá no estúdio dele em Nova York e a gente no estúdio aqui. Foi bem interessante!

Theo: Inclusive, chega a ser assustador, porque o cara pilota a gravação de lá, em tempo real. Nunca tinha visto isso.

Raphael: Mexendo no computador daqui lá no computador dele. O que a Emmily gravava ele ouvia na hora, em tempo real. Um método bem interessante.

E vocês tiveram a oportunidade de estrear dois dos singles novos no show em Curitiba, abrindo para o Evanescence, né? Eu estive lá, lembro de vocês comentando sobre isso. Queria saber mais sobre essa turnê no geral e como foi esse momento!
Theo: O show de Curitiba foi muito icônico para a gente. Foi um divisor de águas, porque a gente não fazia shows há um ano, nunca tinha feito show no Brasil com a Emmily, e foi a primeira vez que a gente tocou ao vivo as músicas novas. Então, aquele show foi o início de tudo.

Emmily: Para mim, especialmente. Você até comentou, né? A gente lançou primeiro duas músicas e as outras duas só depois da turnê, mas tocá-las ao vivo foi uma experiência muito louca, porque as duas que não tinham sido lançadas ainda – a “When It Comes” principalmente -, a galera, no meio da turnê, [perguntando]: “Como é que eu consigo ouvir essa música? A do ‘la la la’?”.

Foi muito legal e, ao mesmo tempo, eu estava realizando um sonho. Que momento estamos vivendo. Não só no palco, como no backstage também. A galera da banda [Evanescence] foi incrível com a gente, nos recebeu com o maior carinho, de braços abertos. Foi o início de uma amizade que vai durar por anos. Não tem muito como explicar em palavras, mas foi uma experiência que demorou para cair a ficha. Eu voltei para casa e fiquei: “Meu Deus, aconteceu isso mesmo!”.

Theo: O sentimento de agora é que o Evanescence faz parte da nossa história para sempre.

Vocês comentaram sobre essa reação do público ao ouvir as músicas novas e tal. Como está sendo essa recepção dos fãs com o novo EP?
Theo:
Incrível. Acho que a gente nunca se preocupou muito com isso. Eu nunca fiquei pensando: “Ah, será que a galera vai gostar ou não?”. A gente só fez o que é verdade para a gente. Mas, superou as expectativas, a forma como a galera se conectou e abraçou… Igual ao que a Emmily falou, no final foi quase que sem querer que lançamos durante a turnê com o Evanescence.

A gente já tinha as músicas prontas, íamos lançar, e aí confirmou a turnê e aproveitamos para lançar logo junto. A sensação de perceber que a galera já estava cantando as músicas, que a gente nem tinha lançado ainda, só de ter ouvido nos shows, foi incrível, melhor impossível. Não consigo imaginar uma recepção melhor.

Raphael: E foi muito interessante ver fãs novos chegando, que vieram junto com a Emmily e as músicas novas. É uma galera que provavelmente não iria escutar a banda antes, então isso foi muito massa de ver.

Emmily: Todo dia a gente vê a galera fazendo cover de bateria, cantando, tocando guitarra, baixo… todos os instrumentos a gente já recebeu. É muito gostoso.

Que incrível, de fato foi um momento muito legal de presenciar ao vivo. E qual seria a principal mensagem que vocês querem transmitir com as músicas novas? Seja em questão de sonoridade ou letra, o que define a nova fase da banda?
Theo:
No final, estamos falando de coisas que sentimos, que a gente sabe que você também sente, porque somos todos seres humanos, com as mesmas emoções. Acho que o que muda, em termos de desejos e medos de uma pessoa para a outra, é detalhe. A emoção que está ali por baixo a gente compartilha dos mesmos sentimentos, todos nós aqui enquanto seres humanos.

E eu acho que, no final, o principal recado é que a gente está junto. Está todo mundo junto nessa, sabe? No seu momento de alegria que, por exemplo, a “Call Us by Her Name” é meio que uma celebração, no momento de alegria e que você está dançando, a gente está junto. E no momento que você está lidando com sentimentos mais difíceis, que você precisa achar força e resiliência, igual em “Finding Freedom”, a gente está junto também. Acho que é uma mensagem de união.

Emmily: De sonoridade, acho que a gente podemos falar para a galera que a gente [faz o que quiser, tudo pode], mas vocês não vão conseguir colocar a gente em uma caixa só. Estamos muito soltos, muito livres para fazer o que der na telha, o que estiver agradando a gente no momento… Um disco talvez não vá ter nada a ver com o outro. Estamos vivendo muito o momento.

Theo: Acho que até no mesmo disco vai ter uma música que não vai ter nada a ver com a outra. A gente pode ter uma música com um riff metal e outra com piano e voz.

Isso é interessante, assim compõe para diversos gostos. E vocês falaram de disco? Vai ter?

Emmily: A gente quer! Estamos com muitas músicas aí, já fizemos quase 20.

Theo: Tipo, a gente não pode estar juntos que estamos fazendo música (risos).

Emmily: Mas, com certeza, ano que vem teremos um grande disco por aí. Não sei se já vamos lançar tudo de uma vez, mas vai ter com certeza. Estamos cheios de músicas para lançar.


Vale lembrar que, após a turnê ao lado do Evanescence citada na entrevista, a banda Ego Kill Talent está pronta para encerrar o ano com um espetáculo em São Paulo nesta quarta-feira, 13 de dezembro, no City Lights Music Hall, com início às 18h.

O evento marca não apenas o último show do ano, mas também a celebração do lançamento do EP “Call Us By Her Name”, que apresenta Emmily Barreto como a nova vocalista. Os ingressos estão disponíveis pelo site Sympla.

SHOW EGO KILL TALENT

  • Data: 13 de dezembro (quarta-feira)
  • Horário: A partir das 18h
  • Classificação: +18
  • Local: City Lights Music Hall – Rua Padre Garcia Velho, 61 – Pinheiros, São Paulo, SP
  • Ingressos: Sympla

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