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Entrevista: Bryan Behr fala sobre turnê, Grammy Latino e mais

O cantor encerra a tour “Todas as Coisas do Coração” no dia 3 de novembro, em um show em São Paulo

bryan behr
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Bryan Behr se prepara, atualmente, para o encerramento da turnê “Todas as Coisas do Coração”. O evento ocorre no dia 3 de novembro, na Casa Natura, em São Paulo; e representa o encerramento de uma fase da carreira do artista.

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Na setlist, Bryan traz um apanhado de sua trajetória – destacando, principalmente, o álbum que nomeia a série de shows. Além disso, o cantor lançou, no último ano, o audiovisual “Bryan Behr • Ao Vivo em São Paulo”, que o rendeu uma indicação ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo de Língua Portuguesa.

Em entrevista ao Tracklist, Bryan Behr falou sobre sua recente indicação, seus últimos – e futuros – trabalhos, encerramento de sua turnê e mais. Acompanhe abaixo!

Entrevista: Bryan Behr

Você vai encerrar a turnê “Todas as Coisas do Coração” no dia 3 de novembro, em um show na Casa Natura, em São Paulo. Quais são suas expectativas para o concerto?

“Essa turnê me ensinou praticamente tudo que eu sei sobre palco e sobre performance ao vivo, sou muito grato a ela. As músicas que estão na setlist desse show são músicas que eu gravei ao longo da minha carreira, e antes dessa turnê, a maioria não tinha oportunidade de estar no palco por conta da pandemia. Então, as minhas expectativas para esse show são tão grandes quanto as expectativas que eu tinha para quando a gente estava começando. O encerramento dessa turnê, para mim, é uma coisa muito histórica, que eu sei que vai ser uma celebração muito bonita de muitas coisas que vêm acontecendo na minha vida e na minha carreira. E saber que a gente está encerrando esse ciclo para começar um tão bonito quanto me deixa muito feliz”.

E o que está preparando em termos de setlist?

“Quando a gente está na estrada com alguma turnê, a gente sempre fica triste porque não dá tempo de colocar uma música, ou tem que escolher entre uma música e outra. E esse show com certeza vai ser o mais longo que a gente já fez até aqui. A gente está preparando um repertório mais extenso, com músicas que não tinham entrado na setlist dos shows anteriores; e outras músicas que a gente gosta muito de tocar, que estão nos discos já lançados, e não tivemos a oportunidade de tocar ao vivo. Vai ser muito divertido e especial”.

Com a turnê chegando ao fim, você consegue citar algum momento que te marcou nessa temporada nos palcos?

“Eu acho que o primeiro show foi uma coisa muito especial. Foi no Teatro B32, e foi a gravação do nosso audiovisual. A gente foi bem maluco, porque foi o primeiro show depois de três anos sem palco, primeira vez que eu estava tocando com aquela banda ao vivo, primeira vez de muitas coisas acontecendo na frente das câmeras. Inclusive me marcou porque foi praticamente uma das primeiras vezes em que me apresentei ao vivo. E isso, além de ser especial por si só, levou a gente até a indicação de Melhor Álbum Pop Contemporâneo de Língua Portuguesa no Grammy Latino. Então eu acho que, além de conhecer as pessoas que acompanhavam o meu trabalho em outras cidades que eu não tinha visitado ainda – onde minha música já tinha chegado mas eu não tinha chegado ainda -, esse primeiro show foi o momento talvez mais marcante desse período inteiro”.

Este ano, você participou do projeto “Exagerados”, em homenagem ao Cazuza, ao lado de Carol Biazin e Mahmundi. O que esse trabalho representa para você?

“Quando eu recebi o convite eu fiquei muito feliz. O Cazuza é um dos meus super-heróis eternos, assim. Eu lembro de ouvir pela primeira vez, assim como ouvi pela primeira vez Nando [Reis], Cássia [Eller], Renato [Russo], todos eles foram a minha escola. Então colocar minha voz na música de um artista tão importante para mim e para outras pessoas foi uma responsabilidade das boas. Eu fiquei muito feliz, e gostei muito de interpretar uma música que não fui que escrevi. Acho que foi uma experiência muito legal. Fiquei muito feliz também de conhecer Lucinha [Araújo], mãe de Cazuza. Ela é um amor de pessoa, sensacional, um coração gigante. É uma amizade que eu quero levar para o resto da vida”.

Em 2021, você lançou uma parceria com o cantor britânico Calum Scott, intitulada “da primeira vez (from the first time)”. Como surgiu essa colaboração?

“O Calum é um artista ímpar. Até hoje ele é um dos artistas mais ouvidos do planeta. E quando ele recebeu nosso convite, ele se encantou pela música; e isso me deixou muito feliz, porque o Calum é um cara que está muito pela música e pela arte. Ele mergulhou nessa com a gente, com o coração aberto, e foi muito carinhoso comigo e com toda a minha equipe. Ele é uma pessoa ímpar, assim. Tem um coração enorme, também”.

“Foi uma das coisas mais especiais da minha vida, porque eu ouvia o Calum desde 2017, quando o conheci no ‘Britain’s Got Talent’. Sempre foi um sonho muito distante conhecê-lo, imagina gravar alguma coisa com ele! E, quando surgiu o convite, a intenção de trazê-lo para essa faixa, a gente foi de coração aberto e ele ouviu com muito carinho e quis mergulhar nessa aventura aí com a gente. E o resultado foi maravilhoso. Depois, quando ele veio para o Brasil fazer a turnê, eu abri um show e a gente cantou a primeira vez juntos no palco. E foi maravilhoso. É um momento que eu nunca vou esquecer”.

E existe alguma outra parceria que você sonha em realizar?

“Acho que existe uma lista imensa de pessoas com quem eu gostaria de colaborar. Eu poderia ficar horas aqui falando. Mas os nomes que sempre me vêm à mente, que eu gostaria muito de no futuro colaborar e escrever junto, são Emicida, Liniker, o próprio Nando, Lenine também. Acho que dos nomes que mais vêm frescos na cabeça, que sempre estou pensando com muito carinho, são esses. IZA, também, eu adoro. Mas acho que poderia ficar horas falando a respeito disso”.

Recentemente, você recebeu sua primeira indicação ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo de Língua Portuguesa. Como reagiu a essa notícia? E o que essa conquista significa para você?

“Quando eu recebi a notícia do Grammy foi uma coisa muito maluca. Eu acho que demorei uns dois dias para processar tudo e entender que era de verdade mesmo. Desde que eu comecei a trabalhar com música, eu entendi a importância do Grammy Latino, e isso se tornou um grande sonho. E ter sido indicado com esse disco, um disco ao vivo, que na verdade foi gravado no dia do meu retorno aos palcos depois de três anos, foi muito especial. Fiquei muito feliz por mim, pelo disco, pela minha equipe; foi um sonho que achei que ia demorar muito mais tempo para realizar. Mas acho que a escolha de gravar esse disco, nesse retorno aos palcos, fez toda a diferença. A energia que a gente colocou em todas as músicas, nessa apresentação, foi uma coisa que talvez a gente nunca mais consiga realizar”.

“A gente ficou anos sem poder colocar muitas dessas músicas no palco. Construímos praticamente três discos sem fazer nenhum show. Então esse show tinha muitos sentimentos represados que precisavam nascer e ir para o palco, e entrar também nessa gravação. E eu fiquei muito feliz. Inclusive, essa vai ser a primeira vez que eu vou sair do meu país. Vai ser a primeira vez que eu vou sair do Brasil. Saber que a minha música está proporcionando a primeira viagem internacional da minha vida é muito especial, também. Estou muito feliz que a gente vai para a Espanha, Sevilha, comemorar a música e celebrar outros artistas. Independente de trazer o Grammy para casa ou não, essa indicação para mim já é uma celebração incrível da nossa música, e estou muito feliz por estar do lado de outros artistas que admiro muito nessa edição”.

Por último, você já está preparando seu próximo álbum de estúdio. O que o público pode esperar desse novo projeto?

“Esse disco… eu acho que sempre vou dizer que o próximo disco é o melhor da minha vida. Mas esse eu realmente sinto no meu coração que é o melhor. Os outros álbuns que eu gravei contam muitas histórias e partes da minha vida, mas eu sinto que eu estava prendendo muito dentro do estúdio. Estava tendo uma espécie de escola, mesmo, com as pessoas que estavam envolvidas nesse projeto. E, dessa vez, acho que consegui realizar muito mais do que sempre sonhei. Acho que esse disco tem muito do que eu ouço no meu dia a dia, tem muito do que eu acredito. E as letras, acho que são minhas melhores. São anos e anos escrevendo sobre as histórias que eu vivo, e isso vai lapidando a gente enquanto artista”.

“E acho que esse disco é o melhor de mim. É o melhor que posso oferecer para as pessoas que acompanham o meu trabalho, e estou muito orgulho dele. A gente está na reta final, e é a realização de um sonho – gravar ele do jeito que eu gravei, com as pessoas que eu gravei, também; fiquei muito feliz de estar rodeado de pessoas tão talentosas construindo ali comigo. E é isso, não vejo a hora de colocar ele no mundo. Acho que não posso falar muito ainda a respeito de todas as coisas, porque tem muita coisa acontecendo ainda e sendo criada. Mas tenho certeza que as pessoas vão se identificar e perceber, na primeira vez que elas ouvirem o disco, que é realmente um trabalho feito com muito carinho”.

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