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Por que Taylor Swift não é a salvação do pop?

O mundo espera pela volta de Taylor Swift há três anos – período entre o lançamento do disco 1989 e o Reputation, anunciado para próximo novembro. Com o novo trabalho, os fãs foram ao êxtase, e a internet se encheu de publicações ansiosas. Uma frase, porém, chama sempre a atenção: “Taylor, vem salvar o pop!”.

Nenhum grande problema: quem ama a cantora normalmente considera-a a grande estrela que ela é, e mal pode esperar por novas músicas. Mas levar essa frase ao pé da letra é inviável. Por que? Bom, o pop não precisa ser salvo.

Ao longo de 2017, foram inúmeras as faixas divulgadas pelos mais variados artistas no mundo. Houveram claro, aquelas que pouco barulho fizeram, mas também surgiram hits e canções que ninguém consegue tirar da cabeça. Sim, estamos ansiosos para ver o que Taylor pode trazer, mas não é preciso menosprezar grandes trabalhos já nos streamings.

Perfect Places

Em junho, Lorde entregou um maravilhoso segundo disco de sua carreira, Melodrama, e um dos destaques da tracklist é sem dúvida “Perfect Places”. Confessional, pulsante, com toques de R&B e dançante. O resultado de tantas misturas não é estranho como poderia sugerir, mas uma canção contagiante, que atrai pela história pessoal e crescimento encantador.

The Cure

Considerada pela Times um hit pop, o single avulso de Lady Gaga começa com uma melodia doce e a voz suave que a cantora pode oferecer. A explosão seguinte em “The Cure”, porém, insere a faixa no hall daquelas de refrão contagiante, forte e com batida melódica que faz querer dançar sob promessas de amor eterno.

Shape Of You

Com vários topos de chart e da Billboard desde seu lançamento, Ed Sheeran com certeza tem muito a agradecer a “Shape Of You”. Basta o primeiro toque da canção e o corpo da maioria cria coreografias automáticas, enquanto ouve a história de amor iniciada em um bar. E mesmo que fosse inicialmente pensada para Rihanna, a música caiu perfeitamente na voz de Sheeran, que embala o fim de seus shows com os fãs cantando e dançando ensandecidamente.

What About Us

Talvez na primeira audição a faixa de P!nk cause certa estranheza. Afinal, ela é bem diferente de trabalhos anteriores. Numa segunda oportunidade, porém, toda a mensagem política poderosa é sem dúvida cativante, e não é difícil que ela seja repetida incessantemente pelo seu subconsciente.

Sign Of The Times

A primeira amostra do que seria a carreira solo de Harry Styles soa como uma música de décadas anteriores, do tipo em que se pode escutar em rádios “Good Times”. Ao mesmo tempo em que traz ritmo semelhante a pianos doces de nomes como Elton John, o ar de baladinha rock pop traz letra emocionante e que pode ser ligada a tantas situações da vida que Harry consegue atingir os mais variados públicos. Em entrevista, por exemplo, ele contou que “Sign Of The Times” foi pensada em situação de um trabalho de parto complicado, mas pode também ser associada a uma relação entre irmãos, história de amor e outras.

Fetish

O casual R&B com padrões eletrônicos cria no mais recente single de Selena Gomez uma batida gostosa. Já o sussurro afetado e sexy de que a cantora se utiliza durante os vocais torna a faixa viciante, que conquistou críticos por todo mundo e até mesmo seis semanas no chart da Billboard.

New Rules

Convenhamos, o primeiro álbum de Dua Lipa, autointulado, é cheio de possíveis hits e confirmou o potencial de estrela pop que a inglesa já vinha demonstrando em singles avulsos. Do tipo que não consegue deixar os pés parados, a faixa é uma das mais experimentais do disco e possivelmente um dos presentes no Top 5 dos hits do verão americano.

Despacito

Se as portas do pop em espanhol precisavam ser abertas, com “Despacito” elas foram escancaradas! Principalmente após a entrada de Justin Bieber na composição de Luis Fonsi e Daddy Yankee, a canção tornou-se um hit mundial, e mesmo aqueles que não conheciam sua letra por inteiro já haviam tropeçado em seu refrão nas mais variadas montagens da internet. A prova dos efeitos da canção pode ser percebida facilmente: agora, Maluma, outro sucesso em espanhol, é facilmente incluído em playlists pop de todo o mundo, assim como J. Balvin e sua “Mi Genti”.

I Feel It Coming

Das colaborações de The Weeknd e Daft Punk,”I Feel It Coming” é a mais interessante. Urbana e dançável, com sensibilidade pop e frases de duplo sentido, a faixa fugiu do conteúdo sexual mais explícito de Weeknd e deu margem à apreensões que expandiu seu público. Sem dúvida, as guitarras e vocais claros contribuíram para estes efeitos.

Rose Colored Boy

Até mesmo aqueles que não deveriam fazer pop (sic), entregaram trabalhos bastante destacáveis. Com seu álbum After Laughter, o Paramore apresentou ao mundo em maio uma coletânea pop bem diferente do punk que vinha fazendo na década de carreira. “Hard Times” e “Told You So”, singles, são ótimos exemplos do gênero, assim como “Rose Colored-Boy”, uma faixa que fala da depressão da vocalista Hayley Williams com a mais surpreendente melodia pop que uma música com o tema poderia trazer.

Então, que venha Taylor Swift, apenas para que a cena pop ganhe ainda mais força!

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