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Entrevista: TamY revela detalhes sobre carreira, novo EP e mais

Arista fez a abertura do show benificente de Bruno Mars na capital paulista

Foto: Divulgação

Com uma trajetória de mais de 15 anos no cenário musical, TamY, DJ, comunicadora e influenciadora carioca, tem se destacado pela versatilidade e pela maneira como une música, moda e comunicação em seus projetos. Prestes a lançar seu novo EP, “Baile da TamY”, a artista se prepara para mais uma fase marcante de sua carreira, sempre defendendo a diversidade sonora e o poder transformador da música.

Criada em uma família apaixonada por black music, TamY cresceu ouvindo discos e frequentando eventos musicais ao lado de seu pai, enquanto sua mãe incentivava o desenvolvimento de suas habilidades musicais. Essas influências, somadas a ícones como Michael Jackson e Lauryn Hill, foram essenciais para a formação de sua identidade artística. Hoje, a artista carrega essas referências para os palcos de grandes festivais e eventos pelo Brasil, sempre trazendo sua visão única sobre a música e a arte.

Além de sua atuação musical, TamY também vem conquistando espaço como apresentadora e comunicadora, participando de grandes festivais como o Rock in Rio e abrindo duas das apresentações de Bruno Mars em São Paulo. Para ela, a música vai além de entretenimento — é uma forma de comunicação poderosa, que se conecta com questões sociais e políticas.

Em recente entrevista ao Tracklist, TamY contou detalhes sobre sua carreira, inclusive falando o que os fãs podem esperar após o lançamento de seu EP, previsto para novembro. Confira!

Em entrevista, TamY revela detalhes sobre carreira, novo EP e mais

TamY, você começou a sua trajetória musical muito jovem. Como foi essa experiência de imitar seus ídolos na infância e como isso moldou sua carreira?


Criança tudo que vê e acha interessante, geralmente reproduz. Eu acho que foi muito assim comigo em relação à música. Quando eu via a galera tocando algum instrumento ou cantando, eu ficava imitando aquilo, reproduzindo de alguma forma, do meu jeitinho, brincando. Acho que isso, mesmo parecendo algo bobo ou inofensivo, de uma certa forma me impulsionou para estar perto da música e querer entendê-la como arte. O visual me impulsionou muito para eu ficar com os meus ouvidos atentos.

Você menciona que foi influenciada por sua família e alguns DJs internacionais. Quais artistas ou experiências específicas você considera mais importantes na sua formação musical?


Minha família, mesmo não tendo músicos diretamente, tem apreciadores de boa música, um bom som, que são os meus pais. Meu pai muito no lugar de ir atrás da black music, de colecionar os discos, de ter equipamento de som. E minha mãe muito naquele lugar de querer que eu aprendesse um instrumento, que eu me formasse e fosse uma musicista. Para além deles, tem a tia Aura, que é DJ e foi a primeira mulher DJ do Rio de Janeiro. Na minha formação, tenho artistas internacionais específicos que eu gosto e que eu ouço desde de nova, muitos artistas do hip hop e também alguns clássicos. Michael Jackson, James Brown, Lauryn Hill (amo!), Erykah Badu, Queen Latifah, essa galera dos anos 90 e também muita gente do hip hop aqui no Rio de Janeiro, como os vídeo tracks dos videoclipes que tinham antigamente.

Falta cerca de um mês para o lançamento do seu EP “Baile da TamY”. O que você pode compartilhar conosco sobre o projeto?


O Baile da TamY tá chegando e ele é bem diverso, sonoramente falando. Eu sempre prego e falo sobre diversidade em tudo da minha vida e acho que na música não poderia ser diferente. Você vai ver uma pegada house, uma pegada pop, uma pegada de rap dentro do som. Como parte do EP, a gente vai lançar mais uma música em novembro, que já será uma canção com um cunho um pouco mais político. Vai ser bem interessante trazer isso, principalmente no mês de novembro, que é o Mês da Consciência Negra. É o mês que de fato eu vou lançar o disco. Vai ser legal e espero que vocês estejam gostando porque algumas músicas já estão rolando, e estamos finalizando para estar disponível tudo bem bonitinho pra vocês.

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Recentemente você fez parte do line-up do Coke Studio e do Espaço Heineken no Rock in Rio. Como você descreve a experiência de tocar em um dos maiores festivais do mundo?


Já tive a oportunidade de participar de alguns festivais, inclusive do Rock in Rio em 2019. Fiz a abertura do Palco Sunset junto com uma banda e foi bem incrível. Foi muito importante para mim, porque depois daquela apresentação saí em várias mídias sobre festivais, sem contar que fui a primeira DJ que tocou no Rock in Rio naquele ano. Voltar para esses festivais é muito importante, porque, para além de ir tocar, de ir trabalhar, eu sou muito fã desse formato de evento. Gosto dessa energia, gosto de ficar cansada, de ficar correndo de um palco para o outro. Estar em um festival para mim já é algo de muita alegria, mas estar no festival fazendo o meu som, triplica a alegria. Tenho um bom relacionamento com algumas marcas e elas me convidam para fazer ativações, então estou sempre presente nesses festivais pelo Brasil.

Além disso, neste mês você foi a responsável pelo show de abertura no evento beneficente do Bruno Mars em São Paulo. Como foi o convite?


Como mencionei na pergunta anterior, tenho um bom relacionamento com algumas marcas e isso acaba gerando outros convites e demandas. Sou fã do Bruno Mars, todo mundo sabe, e eu recebi o convite da agência Halt junto com a Budweiser para fazer a abertura do show dele em São Paulo, que foi o primeiro dessa turnê de quase um mês aqui no Brasil. Foi um show só para convidados e fãs no Tokio Marine Hall. Foi muito legal e muito maneiro ver os fãs de carteirinha chegando cedo para ficar colado na grade e interagir com o pessoal que estava nessa energia do Bruninho. Sem contar que a causa desse primeiro show foi bem bacana, já que todo o valor foi revertido para ajudar vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Foi bem maneiro estar junto. Gosto de fazer som para além da música, eu sempre vou dizer que música é além, música é política, é social, é moda. Música comunica. Foi muito maneiro estar lá!

Sabemos que você enxerga a moda como uma forma de comunicação. Como você expressa sua personalidade através do seu estilo e como isso se relaciona com sua música?


Música vai muito além, é comunicação, é política e é moda também. Quando eu falo sobre moda, eu costumo dizer que tudo que a gente veste é moda, faz parte do nosso cotidiano, o fashion e tudo mais. Eu costumo falar que tudo que a gente veste mostra um pouquinho do que a gente é. Não é uma regra, mas geralmente é assim. Então eu acho que a música que a gente ouve também comunica o que a gente é. É por isso que, no fim das contas, está tudo interligado, sabe.

Após o lançamento do EP o que os fãs podem esperar para o futuro? Tem algum projeto que você possa compartilhar?


Após o lançamento do Baile da TamY, a gente vai continuar lançando algumas músicas, lançando alguns sons. Eu recebi alguns convites muito interessantes, mas alguns ainda não posso revelar (risos). Fui chamada para fazer um remix de uma baita cantora de um single específico, que ela tem 20 anos de carreira. Já estou planejando isso. O que vai rolar para o pós e para o futuro é sempre música, sempre movimento. Quero muito fomentar a minha música para um dia ir com o meu autoral para festivais fora do Brasil. E é isso. A gente se vê na pista!

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